Recebi hoje a foto de um menino, peão regional da 13a RT, de camiseta e bermuda, recolhendo comida para doar a famílias carentes. É menos “tradicionalista” por não estar de crachá, bombacha larga e botas?
E o gaúcho que ilustra essa postagem? Um campeiro lá de Itaqui, que trocou a mochila pela mala de garupa. Boné em vez de chapéu. Será o campeiro um "tradicionalista raiz”? Claro que não, se observarmos tal conceito, atrasado e segregador. Quem sabe, então, um mero “tradicionalista”? Alguns dirão, também não, pois desrespeita os manuais.
Quanta bobagem. Enquanto discutimos a largura da bombacha ou se uns tem mais ou menos "cursos de formação tradicionalista” ou currículos de “causar inveja”, a tropa avança, as outras culturas crescem, e nós seguiremos olhando para o próprio umbigo pra sucumbirmos ao nosso atraso.
Parafraseando o genial poeta Rodrigo Bauer, enquanto uns saem por aí, com discurso pronto embaixo do braço, outros, como o seu Ademir, estão lá, no fundo do campo, como guardiões de uma raça. Sem tinta, nem fantasia. E muito menos arrogância.