Que o sorriso largo de Laurindo Afonso e a expectativa quando ele levantava o cavalo no freio, não saiam da nossa memória...
Quem conheceu a história deste homem sobre o lombo do cavalo, hoje no final da sua trajetória terrena, com certeza levanta a placa com a nota 10, sem ter o direito de penalizar nenhuma das reações do seu destino... Laurindo Afonso, um homem que fez do cavalo arma de assalto, e com os arreios, as cordas de serviço e o seu conhecimento, abriu parágrafos num capítulo escrito com a sua percepção cavaleira e valorosa pelo campeiro que era... Existem coisas que a técnica não substitui, que os avanços não deixam pra trás, que os dias de hoje ainda se baseiam e, que os mais evoluídos não conseguem aprender e muito menos ensinar, quando falta essência, um pouco de fundo de campo e ritual de estância... Laurindo Afonso, no meu ponto de vista, viveu pra o cavalo, não do cavalo, pois nas mãos dele, tantos pingos ganharam fama. A raça crioula deve muito a este crioulo... Crioulo em todos os sentidos! Que Deus cuide da sua alma, conforte a sua família e diga que por aqui todos sentirão muito a tua ausência!
— com Rogério Villagran.