Aconteceu no último final de semana, durante o 68º Congresso Tradicionalista Gaúcho em Lajeado, a eleição histórica do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG), que teve pela primeira vez duas mulheres concorrendo a presidência da entidade.
O cargo era pleiteado pela ex-presidente da 7ª Região Tradicionalista, Gilda Galeazzi, e pela professora Elenir Winck. Ambas as candidatas tiveram nas urnas 530 votos cada e a candidata Elenir Winck chegou a ser anunciada como a primeira mulher eleita ao cargo, após a Comissão Eleitoral definir como critério de desempate que o membro mais velho da chapa dá o resultado a eleição. Na Justiça, a chapa de Gilda Galeazzi questionou o resultado e ainda no domingo (12) uma liminar foi concedida suspendendo a posse de Elenir Winck.Em entrevista na Uirapuru, a candidata Gilda Galeazzi contou que essa foi a primeira vez que concorreu ao cargo e sua concorrente já havia disputado no ano passado. Gilda frisou que não foi o resultado que causou indignação e a contestação não é dele, mas sim da interpretação do artigo que fala sobre os candidatos mais idosos como critério de desempate. Disse que não é o conselho que convida o candidato para concorrer a presidência, mas sim, o presidente que define sua equipe de conselheiros.
Conforme Gilda, a interpretação não foi aceita e a Justiça teve o mesmo entendimento. Ela ressaltou que a liderança do movimento é feita pelo presidente, assim como acontece em todas as eleições. Sobre a atual presidência do movimento, Gilda disse que permanecem 18 conselheiros que poderão eleger um novo presidente e compor a diretoria até a decisão final da Justiça.
Gilda disse ainda que o regulamento tem casos omissos nessas situações. A candidata criticou também a falta de atualização do estatuto, onde segundo ela, durante os congressos, pessoas que se acham “donas da verdade” não deixam mudar e atualizar.
FONTE : RADIO UIRAPURU DE PASSO FUNDO